O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reverteu uma decisão que havia negado a penhora de 30% do salário de um devedor para quitar uma dívida que não é relacionada a alimentos. No caso em questão, o devedor é um assessor parlamentar e recebe um salário líquido mensal de R$12.091,95, enquanto o valor total da dívida ultrapassa os R$272 mil. O tribunal paulista concluiu que esse valor não prejudicará a subsistência do devedor.
Essa mudança na decisão foi motivada por um julgamento da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permitiu a flexibilização da regra de impenhorabilidade dos salários para o pagamento de dívidas não alimentícias. Agora, os tribunais em todo o país estão seguindo esse entendimento do STJ.
Segundo Marília Milani, advogada do Carvalho Borges Araújo Advogados, o processo de execução deve ser realizado no interesse do credor. Portanto, o precedente do STJ é positivo, pois permite que uma porcentagem do salário do devedor seja penhorada como forma de restabelecer o crédito concedido, mas não pago. Isso é um mecanismo importante para a execução, pois aumenta a chance de recuperação do crédito pelo credor.
No entanto, a especialista ressalta que a penhora do salário deve ser aplicada com cautela, pois é uma medida excepcional e não a regra geral. O pagamento de uma dívida não pode comprometer a subsistência do devedor e de sua família. Portanto, a penhora de uma porcentagem do salário deve ser analisada caso a caso, e cabe ao juiz identificar o valor suficiente que pode ser penhorado para quitar a dívida, ao mesmo tempo em que garanta a sobrevivência digna do devedor e de sua família. Essa medida deve ser considerada apenas como último recurso.
Outro ponto importante é que a Corte Superior do STJ estabeleceu um limite de 50 salários mínimos para a penhora do salário. Ou seja, é possível penhorar uma porcentagem do salário que seja condizente com a realidade de cada caso específico, desde que seja garantido um valor que assegure a dignidade do devedor e de sua família.
Fonte: Jornal Jurid
© Copyright 2021 Advocacia Rubiniak
Creat by 9VSK Comunicação – MEI
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |